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2012 - Livro Vermelho 2013

Aristolochia cymbifera Mart. & Zucc. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 24-09-2012

Criterio:

Avaliador: Daniel Maurenza de Oliveira

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

A. cymbifera é uma liana com ocorrência nas matas úmidas do Cerrado e Mata Atlântica do Sudeste brasileiro, embora também sejam conhecidas subpopulações bastante distantes, uma no Ceará e outra no Pará. Assim a EOO é bastante superior a 20.000 km², sendo categorizada sem risco de extinção.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Aristolochia cymbifera Mart. & Zucc.;

Família: Aristolochiaceae

Sinônimos:

  • > Aristolochia cymbiferae ;
  • > Aristolochia cymbifera var. abbreviata ;
  • > Aristolochia cymbiferae var. genuina ;
  • > Aristolochia cymbifera var. labiosa ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Nomes vernáculos: "ambaiá-caá", "angelíco", "crista-de-galo", "milhome", "papo-de-peru" e "urubu-caá" (Barros; Araújo, 2012)

Dados populacionais

​Mais ou menos frequente em São Paulo (Junior, 2002).

Distribuição

A espécie ocorre nos Estados Ceará, Bahia, Minas Gerais, São Paulo Espírito Santo, Rio de Janeiro (Barros; Araújo, 2012) e Pará (CNCFlora, 2011).

Ecologia

A espécie é uma liana, volúvel, terrestre (Barros; Araújo, 2012) e heliófita (Luchiari, C., 583, RB 322975).Na região Sudeste a espécie tem distribuição limitada ao leste pelas restingas e ao oeste e norte por formações vegetacionais de Cerrado, ocorrendo preferencialmente em matas úmidas (CNCFlora, 2012). Coletado com flores de julho até março e com frutos em fevereiro e março (Junior, 2002).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A Restinga, restrita aolongo da costa brasileira, está sob intensa pressão da ocupação humana econseqüente alteração da paisagem original. Este ecossistema vêm sendodegradado desde a colonização e encontra-se reduzido a pequenas manchasremanescentes (Mantovani, 2003). Uma grande porcentagem, em especial no EstadoEspírito Santo, já foi destruída pela mineração, pelo desenvolvimentoimobiliário e pela agricultura (SEAMA, 2001) A vegetação densa e baixa torna arestinga uma fonte de madeira e lenha muito apreciada para residências oupequenas indústrias (Aguiar et al.,2005).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Na restingade Cabo Frio, que se estende do sul do canal de Itajuru, em Cabo Frio, até apraia do Pontal, em Arraial do Cabo, estão diversas lagoas que sustentam avegetação, pelo aporte de água no nível freático. A principal ameaça a estaslagoas é a perda de área devido à drenagem e aos aterros dos loteamentos, bemcomo o lançamento de lixo (Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental dasBacias da Região dos Lagos, do Rio São João e Zona Costeira, 2012). Nos últimosquarenta anos o crescimento urbano vem reduzindo e fragmentando a coberturavegetal natural do Centro de Diversidade Vegetal de Cabo Frio (Dantas et al.,2009).

1.3.1 Mining
Detalhes Na região do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, são observadas as seguintes ameaças em consequência da atividade mineradora: a extração do minério de ferro - cava - atinge diretamente os ecossistemas de Campo Ferruginoso, protegidos por legislação federal e estadual por serem de ocorrência restrita às cristas serranas, classificadas como Área de Preservação Permanente; e a mineração, incluindo a disposição de estéril e rejeitos, que atinge ecossistemas da Mata Atlântica como as Florestas Estacionais Semideciduais e as Florestas Pluviais Ripárias (Santos, 2010).

1.1.4 Livestock
Detalhes No sul de Minas Gerais a expansão das pastagens se estende por todos os tipos de paisagem e revela como a causa principal de degradação ambiental, afetando a vegetação nativa, o solo e o sistema hídrico. Mais recentemente, a duplicação da rodovia Fernão Dias vem provocando aumento do turismo na Serra da Mantiqueira, o que tem gerado diversos impactos (CEPF, 2001)

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Vulnerável" (VU), segundo a Listavermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação (SNUC): Parque Estadual da Fonte Grande, e Parque Estadual Setiba, ES (CNCFlora, 2011).

Usos

Referências

- MARTINS, E. R.; CASTRO, D. M.; CASTELLANI, D. C.; DIAS, J. E. Plantas Medicinais. UFV, 2003. 220 p.

- WERNECK, M. S.STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A.; SOBRAL, M. COSTA, D. P. KAMINO, L. H. Y. Aristolochiaceae. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 516 p.

- MANTOVANI, W. Degradação de biomas brasileiros. Universidade de São Paulo, 2003. 367-436 p.

- CEPF - CRITICAL ECOSYSTEM PARTNERSHIP FUND. Mata atlântica hotspot de biodiversidade. , p. 29, 2001.

- DANTAS, H. G. R.; LIMA, H. C.; BOHRER, C. B. A. Mapeamento da vegetação e paisagem do município de Armação dos Búzios, Rio de Janeiro, Brasil, Rodriguésia, v.60, p.25-28, 2009.

- SEAMA - SECRETARIA DO ESTADO DO ESPíRITO SANTO PARA ASSUNTOS DO MEIO AMBIENTE. Prioridades ambientais do estado do Espírito Santo, 2001.

- ALBERTASSE, P.D.; THOMAZ, L.D.; ANDRADE, M.A. Plantas medicinais e seus usos na comunidade da Barra do Jucu, Vila Velha, ES, Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.12, p.250-260, 2010.

- SANTOS, M. G.; SANTOS, M. C. F.; BASTOS, W. G.; MORAES, M. G.; NEVES, B. T.; LIMA, D. S.; ALMEIDA, G. Etnobotânica na APA do Engenho Pequeno, São Gonçalo, RJ: Uma abordagem inicial. UNIVERSO, 2005.

- JUNIOR, L. C.WANDERLEY, M. G. L.; SHEPHERD, G. J.; GIULIETTI, A. M. Aristolochiaceae. São Paulo: HUCITEC, 2002. 39-49 p.

- AGUIAR, A. P.; CHIARELLO, A. G.; MENDES, S. L.; MATOS, E. N. Os Corredores Central e da Serra do Mar na Mata Atlântica brasileira. Belo Horizonte, MG: Fundação SOS Mata Atlântica e Conservação Internacional, 2005. 119-132 p.

- SANTOS, L. M. Restauração de campos ferruginosos mediante resgate de flora e uso de topsoil no quadrilátero ferrífero, Minas Gerais. Tese de doutorado. Belo Horizonte, MG: Universidade Federal de Minas Gerais, 2010.

- BARROS, F. DE; ARAUJO, A. A. M. Aristolochiaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/index?mode=sv&group=Root_.Angiospermas_&family=Root_.Angiospermas_.Aristolochiaceae_&genus=&species=&author=&common=&occurs=1&region=&state=&phyto=&endemic=&origin=&vegetation=&last_level=subspecies&listopt=1>.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.

- Base de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2011.

Como citar

CNCFlora. Aristolochia cymbifera in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Aristolochia cymbifera>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 24/09/2012 - 19:19:46